quarta-feira, 27 de junho de 2012

ARTE MARAJOARA

1.  ARTE MARAJOARA

2.   Desde o século I a Amazônia é ocupada por povos que desenvolveram uma agricultura itinerante. Destacam-se os povos marajoaras e Tapajós, exímios horticultores de floresta tropical, que constroem aterros artificiais para erguer suas casas. Confeccionam cerâmicas usando técnicas decorativas coloridas e extremamente complexas, que resultam em peças requintadas de rara beleza. Peças Marajoaras e Tapajônicas revelam detalhes sobre a vida e os costumes dos antigos povos da Amazônia.

As civilizações Marajoaras e Tapajônicas não deixaram para a posteridade cidades e obras de arquitetura, mas legaram á Amazônia uma cerâmica capaz de reconstituir sua história. Louças e outros objetos, como enfeites e peças de decoração, de povos como os que habitavam no Marajó e os que viveram em Santarém, são exemplos da riqueza cultural dos ancestrais dos amazônidas.

Diversas hipóteses surgiram indicando possíveis origens da cerâmica da ilha do Marajó.Uma delas, é a de que as fases arqueológicas da ilha do Marajó foram cinco, correspondendo, cada uma, a diferentes culturas instaladas na região e a diferentes níveis de ocupação. As fases foram Ananatuba, Mangueiras, Formiga, Marajoara e Aruã. A fase Marajoara, ocorrida provavelmente entre os anos 200 e 690 d.C., simboliza a época de um povo que chegou à ilha vivendo seu apogeu. Nesta fase vive-se a tradição policrômica, com exuberância e a variedade da decoração. O povo desta fase viveu em uma área circular, com cerca de 100km de diâmetro, em torno do rio Arari.
3.   O assunto motiva a conhecer e identificar a arte do índio brasileiro, em especial o amazônico da Ilha do Marajó. Devido a beleza da cerâmica marajoara que nasce de forma rústica do barro e resulta obras de arte com um visual único, belo e sofisticado.

4.   Com este trabalho pretendemos demonstrar a diversidade da arte indígena brasileira, através da arte marajoara e de sua presença na sociedade contemporânea, como forma de manter viva e preservar a memória deste povo.


5.   Este tema se destina a alunos do Ensino Médio nas disciplinas de Arte e História, acadêmicos de Artes, História.


6.   METODOLOGIA

         Vídeo: A arte Marajoara;

         Aula expositiva através de slides;

         Slides com as imagens das cerâmicas;

         Análise das imagens identificando os principais traços e cores utilizados;

Produção de desenhos com os principais traços da arte marajoara;

Exposição dos desenhos.


7.   INSTRUMENTOS

Tv ;
     Data show ;

     Quadro e giz ;

      Papel A4.



REFERÊNCIAS


AMORIM, Lilian Bayma de. Cerâmica marajoara: a comunicação do silêncio.Belém: Museu paraense Emílio Goeldi, 2010.

CERÂMICA MARAJOARA. Disponível em: < http: //historiadores.skyrock.com/1784782318-arte marajoara.html. Acesso em: 19 jun. 2012.

         LOCALIZAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO MARAJOARA.

           Os estudos da arte de sociedades iletradas demonstram que os grafismos e as representações foram utilizados como instrumento de comunicação para consolidar a organização social de uma determinada sociedade (SCHAAN, 1997).
          Pretendemos demonstrar, por meio da riqueza e da complexidade das informações agregadas aos objetos, a importância de divulgar parte do acervo arqueológico como instrumento para preservação do patrimônio, na construção de memória, identidade e cidadania.

OBJETOS ENCONTRADOS EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NA ILHA DE    MARAJÓ








 

   A descoberta da riqueza arqueológica da ilha do Marajó se deu a partir de 1871, pesquisadores brasileiros e estrangeiros descobriram a riqueza em expedições à Amazônia, a novidade foi publicada no exterior e começaram os saques por leigos, aventureiros, comerciantes e pesquisadores de várias partes do mundo.
    Consta que, ao ser notificado desses acontecimentos o então Imperador brasileiro D. Pedro II determinou a interdição da Ilha de Marajó aos estrangeiros e que toda pesquisa só poderia ser feita com autorização do governo do Império do Brasil. Tal atitude, se não resolveu definitivamente os problemas dos saques, pelo menos os reduziu bastante. Por esse motivo as peças marajoaras foram espalhadas pela Europa e EUA.
    Um dos maiores responsáveis, atualmente, pela memória e resgate da civilização indígena da ilha de Marajó é Giovanni Gallo, que criou em 1972 e administra o Museu do Marajó , localizado em Cachoeira do Arari. O museu reúne objetos representativos da cultura da região - usos e costumes.
    Visando manter a tradição regional, o museólogo criou um ateliê de cerâmica onde são reproduzidas e comercializadas peças copiadas do acervo, o que é conhecido hoje como cerâmica marajoara é nada menos do que réplicas autorizadas da cultura extinta.
      Em torno de 1350 a fase marajoara desapareceu, motivo desconhecido mas pode ter sido pela ocupação do território por outros povos.